UFO12 Pesquisas e Coleta de dados Ufológicos

Sejam Bem Vindos! nosso foco e promover pesquisas e coleta de dados para geração de informações relacionadas aos fenômenos ufológicos.

Recentes

Post Top Ad

Your Ad Spot

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Homens de Preto

 
 
Alguns meses depois do ocorrido em Varginha , Luísa Helena Silva e suas filhas, Liliane e Valquíria, testemunhas primárias do caso, haviam recebido a visita de quatro homens vestidos de terno escuro, que não quiseram se identificar. O objetivo central desse contato foi simplesmente apresentar uma proposta de suborno à família. Os homens estavam dispostos a pagar o dinheiro que fosse necessário para que as filhas desmentissem o caso, ou seja, que negassem ter avistado a criatura no dia 20 de janeiro. Disseram que voltariam depois para saber a resposta. Informaram ainda que, caso aceitassem, seriam levadas para dar uma entrevista a um canal de televisão fora da cidade, para que desmentissem seus depoimentos anteriores.

Dona Luísa se negou a aceitar o dinheiro, pois afirmou que não queria que suas filhas passassem por mentirosas.

No dia 18 de janeiro de 1997. Dona Luísa teve de permanecer até as duas da manhã no emprego, para que sua patroa cumprisse um compromisso social. Ao ir para casa, estava sem dinheiro para apanhar um táxi. Desceu a Avenida Rio Branco, no centro de Varginha, pretendendo percorrer todo o restante da praça central, passando pelo lado direito da Igreja Matriz, para apanhar o longo percurso que a levaria até seu bairro. Não havia ninguém na rua. Raramente passava um ou outro carro. Um automóvel de cor preta aproximou-se devagar, dirigido por um homem e trazendo um outro no banco de trás. Pararam e não ofereceram, mas disseram imperativamente que iriam lhe dar uma carona. Assustada, olhou para os lados para ver se algum fortuito transeunte poderia lhe servir de escudo contra aquela gentileza preocupante. Não houve alternativa. O motorista saiu do automóvel, abriu a porta e aguardou, com olhar frio, que ela entrasse. Com o coração disparado e começando a suar, dona Luísa reconheceu seu benfeitor: era o líder dos quatro visitantes de antes, que haviam comparecido à sua residência.

O automóvel tomou o rumo do Bairro da Vargem, saindo da cidade. Com menos de um quilômetro de estrada de terra, parou próximo a uns arbustos. Estava escuro e sem Lua. O motorista acionou uma luz lateral na parte interna da capota. “A senhora nos conhece, está lembrada de mim? A gente já esteve na sua casa. Jamais vamos fazer algum mal para a senhora”. O cidadão do banco de trás não pronunciou uma palavra. Ambos trajavam terno escuro, aparentemente de cor preta, e estavam engravatados. Estacionaram no pequeno mato logo após o término do asfalto. O local é fácil de ser identificado. “Fique calma, que a gente não vai fazer nada com a senhora. Queremos pedir segredo, mas daquela vez a senhora acabou conversando com os ufólogos, foi para a imprensa. Não sei porque, mas a senhora acabou falando, precipitou-se. Agora, a gente vai falar mais a sério com a senhora, pode ficar tranqüila e confiar na gente”.

É óbvio que o insistente MIB desejava, a todo custo, convencê-la a se sujeitar a um plano de reconsideração do que ela e as filhas tinham afirmando publicamente. E o fazia utilizando-se de uma mansidão destinada a convencer uma modesta cidadã. Eles pediam para que ela e as meninas dessem um depoimento renunciando a tudo que já haviam declarado, “que tudo não tinha passado de uma brincadeira que assumiu proporções muito grandes”. Para que dona Luísa ficasse mais tranqüila, prometeu aquele senhor que tal entrevista seria gravada na própria cidade de Varginha, num local discreto e previamente preparado. Para tanto, as três garotas afirmariam que haviam fantasiado o que viram, confundido, por exemplo, um amigo que se vestira estranhamente com a finalidade de assustá-las, algo assim.

Os homens garantiram que o dinheiro que elas receberiam valeria a pena.“E vocês dirão que foram os ufólogos que afirmaram que se tratava de um ser de outro planeta”. Excelente sugestão do MIB, caso fosse inteligente. Porque, ao que tudo indicava, não era muito afeto a uma boa tática usada por serviços de inteligência. Era público e notório que as garotas jamais afirmaram ter avistado um ET, um extraterrestre ou habitante de outro planeta. Os MIBs realmente trajavam preto, ou um terno bem escuro, como convém a tantas outras classes. O da frente acionou novamente a lâmpada do teto e apanhou duas fotografias no console de trás, no meio dos bancos. “Olhe isto, para a senhora confiar na gente”. As fotografias estavam copiadas em papéis de tamanho ofício, uma vertical e outra horizontal. Numa delas havia uma criatura deitada, aparentemente morta, com caroços grandes como pelotas na cabeça. A foto foi tirada de lado, com a lateral direita da criatura visível, de corpo inteiro. Ela possuía três dedos compridos, muito grandes, pernas muito finas e pés enormes. O braço estendia-se até bem abaixo do joelho. Estava sem roupas.

A outra foto mostrava uma criatura idêntica de pé, aparentemente viva, com olhos saltados e vermelhos, arregalados e de lábios muito finos, esticados anormalmente para os lados, como se a boca se estendesse. Parecia encostar-se numa parede de tijolinhos, sem reboco. Segundo o interlocutor, o ser deitado achava-se embalsamado. “Este, de pé, está vivo. Quero que a senhora olhe bem para ver”. Pediu mais uma vez que confiasse. Dona Luísa ainda suplicou: “Se eu resolver tomar a decisão de levar minhas filhas isso vai pegar mal para todos, porque o que viram é a pura verdade. Por que vocês não jogam limpo, se tudo isso é verdade, gente?” Seu interlocutor foi preciso na resposta: “Olhe, a senhora está fazendo muita pergunta. Quem faz perguntas aqui somos nós”.

Dona Luísa insistiu em saber sobre quem e de onde eram, por que insistiam em esconder os fatos etc. Não lhe responderam. Há, no entanto, um detalhe extremamente importante no diálogo mantido. Por várias vezes, afirma a mãe das garotas, ela teria implorado para que a deixassem ir. Em tais ocasiões utilizara a expressão “pelo amor de Deus!” Aí, sim, ocorreu uma reação de tom mais hostil, por parte daquele homem. “Pare de falar ‘pelo amor de Deus’ toda hora! Chega de falar pelo amor de Deus, confie em mim”, exigiu o interlocutor, o que demonstrava estranha, curiosa, inesperada e visivelmente sintomática reação de um agente secreto. Após ter sido bastante incisivo em determinar que parasse com aquele tipo de súplica, continuou insistindo pela ida das meninas para “fazer uma entrevista conosco, só isto, não queremos prejudicar”. E que para tanto pagariam em dólares.

Certamente, aqueles homens mostravam as fotos para que ela percebesse que, se as criaturas chegassem a ser descobertas, isso viraria pânico. Dona Luísa, que pretendia livrar-se o mais rápido possível daquela situação, forneceu o telefone da residência onde trabalhava como doméstica e prometeu falar novamente com as filhas. Disse posteriormente que achava os visitantes muito chiques, vestindo-se bem.“É gente preparada, rica, pelo que se nota, de ótima posição”. Ao final da conversa, deixaram-na relativamente longe de casa, tendo ela que subir toda uma avenida a pé, após atravessar uma longa via asfaltada que lhe dava acesso. Já era por volta de cinco da manhã. Pelo visto, a insistência durara cerca de três horas. Posteriormente, foram exibidos por ufólogos vários desenhos e interpretações artísticas para que ela pudesse comparar com o que observara nas fotos mostradas pelo MIB preocupado com expressões de cunho religioso. Nada era parecido.

A existência da foto horizontal mostrando uma criatura deitada é de suma importância. O muro de tijolinhos e sem reboco, da mesma forma. Durante a repercussão do caso, inúmeros desenhos, alguns tridimensionais e confeccionados por excelentes profissionais, correram o mundo, retratando sempre um ser à frente de um muro. Isso porque o avistamento das três garotas acusa a existência de um muro de tijolos a que se encostava a criatura. A possibilidade de terem sido mostrados desenhos àquela senhora é perfeitamente plausível. Homens de Preto? Agentes secretos? Militares? Agentes de instituições moralistas? Como instituições, e como moralistas, poderíamos encontrar muitas. Depende do sentido amplíssimo que se possa dar ao conceito de moralista.

Mas aquela segunda abordagem, mais incisiva que a primeira, ainda não surtira o efeito desejado. O tal serviço de inteligência teria entrado em desespero e resolvera tentar uma última cartada, o que não parece ser método habitual de algum órgão desse tipo. O mesmo cidadão, o único que interpelou dona Luísa em ambas as ocasiões, de fato resolveu procurar sua patroa – e de dia! À época, sua empregadora era uma bacharela em direito, pessoa culta e de respeito, ainda hoje funcionária de importância no Fórum de Varginha. Duas semanas após a última abordagem de Luísa, tal cidadão procurou-a para que ajudasse a conversar com sua empregada e a levar suas filhas para “esclarecerem”tudo. E prometeu voltar, o que não fez até hoje.

Nenhum comentário:

Post Top Ad

Your Ad Spot